Ahhhh...a tal papelada...incrivel como guardamos pedacinhos e mais pedacinhos de papel né? Pior que nem para montar quebra-cabeça eles servem...são telefones, nomes, códigos (alguns secretos até pra nós, alguns são hierglifos porque nem a gente entende e pior, foi a gente quem escreveu...(risos).Mas para um dia chuvoso e monotóno (porque nem todos são assim) até que está bem divertido (argh...)...que grande mentira. Parei um pouco agora porque a droga de mexer com papéizinhos é que essencialmente nunca conseguimos nos livrar efetivamente deles...mas eu consegui me livrar de alguns (uffa), porém o trabalho ainda será grande porque alguns ficam amassadinhos (a gente tem que abrir, leva quase uma hora e depois tem que ler e depois perceber que descobriu porque estavam amassados), outros a gente sabe que é importante, mas não sabe bem para o quê...e aí coloca montinho ali, outro lá e mais logo adiante acolá...E aí percebe que fez uma baita logistica desnecessária para ter motivo ou desculpa para não jogá-los fora...igual a blusa que se compra, nunca se usa, mas nunca se dá...porque daqui 300 anos a gente pode querer ter a vontade de usar (risos). Ser humano é complicado. A gente tenta se simplificar e se complica mais, segmenta a confusão em vários departamentos e depois percebe que de nada adiantou, porque nos detalhes criaram se várias confusãosinhas que geram mais complicação e aí adeus simplificação...entendeu? Não? Relaxa, eu também não! Às vezes fico arrependida de ter feito Administração de Empresas...às vezes se planeja demais o implanejável...como querendo calcular o incalculável e não desejar o indesejável....Quanto desperdício de tempo...após horas e horas tentando organizar as coisas a gente percebe que não se desfez de nada...só as mudou de lugar..e pior..achamos coisas as quais sabemos que não vamos precisar mais, mas que não podemos dar, nem jogar fora...vai que dá vontade, sei lá, como a blusa nova, velha de tanto ficar na gaveta, no armário ou no imaginário do dia em que será o dia mais que perfeito e daí eu vamos usá-la e será um dia maravilhoso....ou não, sei lá...Papéis...quem os inventou criou um problema...os burocráticos os adoram, os práticos os odeiam e os modernos, nem sabem o que é só usam o notebook...Eu nem sei onde me figuro nesta história, porque eu não gosto deles, mas preciso e os guardo, alías, guardo aos montes...Papéizinhos insanos que povoam minhas gavetas, bolsos, bolsas...perdidos, molhados...que coisa...ninguém merece...Um dia velhinha em um apartamento lotado deles eu serei capaz de me perder. Ou me sufocar. Ou os dois. Um depois do outro. Serei manchete de algum jornal sensacionalista: "velhinha morre sufocada com milhões de papéis a sua volta". E tem gente que vai chorar e tem gente que vai rir e tem gente que nem vai ler. Grande coisa!!! Na falta do que se falar falam de qualquer coisa!!! Que coisa...nem te conto...Mas enfim...capaz de me enterrarem com todos os papéizinhos dentro de um caixão..e eu quero ser cremada, por favor!!! Mas não queimem os papeízinhos e nem dêem minha blusa nova, velha dentro do armário. Vai que um dia eu precise dos meus papéizinhos e venho buscá-los. E a blusa...lá vem ela de novo...deixem a blusa lá onde está. Na gaveta, no armário ou no imáginário do dia mais que perfeito. Ou quem sabe um dia eu venho buscá-la...é...junto com os papéizinhos...vai que dá vontande de usá-la. Deixe tudo onde está. A gente arruma a casa, arruma a vida e finge que arruma, mas só muda as coisas de lugar...igual a poeira, que matreira, tenta nos enganar. Nunca vai-se embora, nada se joga fora. E lá tudo permanecerá. Aonde? Sei lá...Na gaveta, no armário ou no imáginário...vai começar tudo de novo...ahhhhhhh papeladaaaa!

by Lutche Mansur

01/08/2011