quinta-feira, agosto 18, 2005


Quantas ruas, todas nuas, eu tive que atravessar...

Quantos anos, que passamos e ainda iremos passar?

Quantos dias e maresias eu terei que esperar...

Quanto tempo e contratempos virão ainda me encontrar...

Eu que pensei que tinha te perdido nas minhas lembranças

Quando nossos sonhos de criança eram só de sonhar...

Acreditar que te vejo e já desejo que tão bem podes estar...

Não sei se meus olhos ainda insanos encontram os teus nestes anos,

Mas isso já não me importa porque eu que esperei tanto

Esta porta da saudade se abrir e não posso mais fugir...

Não posso mais deixar de ver, que você meu querido

É o melhor amante, homem e marido que uma mulher pode ter...

Você é especial e essencial a quem quer que seja

E sou esta que te deseja toda felicidade do mundo

Que não cabe mais no imenso e tenso coração...

Quem me dera ter a chave do tempo

Pra voltar aquela época e poder te congelar...

Não sei se tu sabes ao certo, mas quem sabe em nosso incerto viver

Eu irei ainda te encontrar...

O que posso te dizer é que a emoção é tamanha

E é impossivel medir qualquer reação,


Mas se te visse agora, na minha frente, já poderia morrer feliz então...

As palavras me aparecem assim, do nada e do tudo e,

Sobretudo me levam sem direção,

Não sei se sou porto, se parto ou se sou chegada,

Mas já não sinto perto de ti a mesma solidão.

Se pudesse pedir alguma coisa absurda, louca ou desvairada

Pediria agora pra ter asas e poder voar ate sua casa...

O meu abraço em seu abraço completaria toda a minha derradeira alegria...

O teu encontro com o meu já me faria um ser completo

Em que o meu te completaria...

Não sei, porém o que reserva a nossa vida,

O nosso destino se será mais uma vez cruzado,

Mas em desatino eu teria escrevido um milhão de vezes

Pra estar sempre ao teu lado.

Sejas lembrança, mera recordação,

Sejas história que carrego dentro de mim,

Sejas a minha flor, sejas o meu ladrão,

Sejas meu mundo ou meu jardim...

Não me interessa se em todos estes anos,

A tua pele esteja tão distante a minha.

O que me importa se te encontro mesmo longe


E que te sinto perto da alma minha.

Não sei também porque a vida nos aprontou,

Uma peça tão doida e tão errante,

Mas há de haver alguma explicação,

Se não agora quem sabe mais adiante.

Entenderemos tudo o que se passou

E lembraremos com carinho de nosso laço

E o que tiver que viver viveremos,

Ainda que não seja o que queremos assim o será.

Você me inspira e me faz sentir a alma,

Mais leve que respira um ar profundo...

A tua calma, o teu olhar em mim repousa,

E te desfaço e me desenlaço dos meus planos...

És a brisa que chega calmamente e, que traz no aroma um tempo bom,

O que ninguém nos tira, e na memória fica,

Aquilo que na melodia se chama tom.

A harmonia que existe nada explica.

Se somos vento e ventania nos encontramos,

Ora num pólo, outrora nos céus

E sem querer um dia nos desvendamos.

Eu jamais te esquecerei, nem nesta vida e nem outras mais além...


Você pra mim não foi mais um alguém.

Tu és pra sempre, ainda que não estejas presente,

O meu amigo, o meu amante mais perfeito

E de semblante alegre e carinhoso e cuidadoso,


Tão zeloso que eu não trocaria nem por nada nem por ninguém...



06/08/2005 00:30 Luciane M. Mansur.

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