terça-feira, abril 18, 2006

Reencontro!

Quem diria que depois de tanto tempo, tantos contratempos eu poderia me surpreender com vento batendo nas velas do meu barco e me levando rumo a fatos incriveis que, nem sei como, nunca havia imaginado em minha vida.

Buscamos explicação para tudo na vida, até mesmo para ela mas, não percebemos que ao buscar matamos outras coisas pelo caminho. Alguma coisas nunca tiveram, têm ou terão alguma explicação, não neste mundo e, talvez ainda, em nenhum um outro. É engraçado, esquisito e fantástico mesmo, tudo num mesmo produto. Tudo numa mesma embalagem. Muda o tempo, muda o mundo mas, tem coisas que nunca mudam.

Numa foto conseguimos facilmente reparar no todo...na paisagem...mas e os detalhes? A roupa mudou, a moda muda todo dia. O próprio dia muda, tem sol, tem chuva e, às vezes ,está somente nublado; como se em dúvida do que escolher entre um tempo e outro o dia escolhesse o meio termo.Mas, a verdade é que precisamos olhar mais profundamente as coisas que não mudam numa foto; como um olhar, um sorriso, uma feição. É preciso, definitvamente mudar conceitos, derrubar preconceitos e se abrir para o novo.

Se pudessémos se quer imaginar as coisas que me acontecem todos os dias com certeza eu não teria graça alguma para agradecermos. Ao contrário, teriamos a monotonia em nossas vidas instalada para sempre. O mundo dá muitas voltas. E como dá. A gente às vezes nem tá pensando, sonhando e de repente lá vem uma onda. Não interessa de que tamanho, normalmente a gente sempre fica impressionado com elas. Vão e vem sem avisar e sem nos, se quer, consultar. Normalmente a gente nunca esta preparado para elas também.

Engraçado também como elas acontecem quando precisam acontecer. Nem antes e nem depois. Quebram exatas e perfeitas no lugar onde deveriam chegar. É incrivel como elas levam também com a maior rapidez fatos, pessoas, recordações...E como trazem em segundos estas mesmas coisas se acharem relevantes trazer, até mesmo as mais profundas e as que se encontram perdidas em algum lugar do mundo ou de nossas mentes. Não adianta mesmo jogar nossas desilusões ao mar porque ele costuma devolver tudo que jogamos nele mesmo que demore o tempo que tiver que demorar. Se você joga ao mar sentimentos ruins, coisas desagradáveis é isso que ele vai te devolver em troca. E é incrivel como até nisso a natureza é perfeita.

Hoje eu sei que olho fotos de maneira diferente, leio os mesmos textos que escrevi há muito tempo com outros olhos, consigo estar de fora dos sentimentos que já vivi sem deixar de senti-los em sua beleza complexa ou na sua dor mais aguda;consigo contemplar o mar e enfrentá-lo mesmo com medo ou ansiedade por me aventurar nele.Tudo isso num misto de saudade e nostalgia. Tudo isso sem me perder de mim, sem deixar de ser quem sou e sem parar no meio do caminho para poder pensar melhor.

A vida é incrivel na sua maneira particular de ser e não nos pede explicação para tudo que fazemos ou como agimos porque sabe que nossas atitudes é que originam o resultado e mais nada além disso. E, que está em nossas mãos querer ou não viver. Mas ela tem seus manejos, tem suas armadilhas. Não se pode fugir daquilo que simplesmente somos de certa forma designados a viver. A escolha muitas vezes não é só nossa.

Quando encontramos alguém, de uma certa forma, fomos levados até aquele momento por acaso ou porque na verdade no fundo estavamos sendo guiados, procurando viver aquele momento. Quando a gente reencontra alguém já é diferente. É o destino que está entrelaçando os fios e nos fazendo surpresa mais uma vez. E aí sim, isso precisa de uma conspiração não só do mundo mas, de nossos próprios corações. Tantas vezes pensamos nestas pessoas e, alguma vez, é certo pensamos em querer reencontrá-las. De alguma forma a gente durante um tempo se esforçou para isso. Mas não era a hora, não era o lugar, não era o tempo certo para acontecer. Então quando a gente menos espera...acontece. E mais uma vez a gente fica extasiado com a vida! Chegamos a não acreditar porque já nos viamos sem esperança ou porque achavámos que não era pra ser. Mas quem somos nós? Quem pensamos que somos afinal?

Não há finalidade, não há explicação, ou há... E não nos cabe sabermos agora sobre isso. O que nos importa então neste momento? É que sigamos o nosso coração, que sejamos nós mesmos e, que, se a vida nos presenteou pela segunda vez com o encontro com o inesperado isso já não é mais obra do acaso. É simplesmente uma obra da própria vida.

Não há finalidade, não há explicação, ou há... E não nos cabe sabermos agora sobre isso. O que nos importa então neste momento? É que sigamos o nosso coração, que sejamos nós mesmos e, que, se a vida nos presenteou pela segunda vez com o encontro com o inesperado isso já não é mais obra do acaso. É simplesmente uma obra da própria vida.



Luciane M. Mansur 17/04/2006 20:35

Um comentário:

  1. Querida Lutche,

    Acredito que cada encontro com pessoas novas nos transforma. A vida é um eterno aprendizado, em que cada novo amigo, colega ou conhecido nos ensina um modo diferente de sentir o mundo.

    Não acredito no acaso... acredito que para tudo há um momento certo, um tempo e um lugar... e que cada momento que vivemos é único!

    Tenha uma semana maravilhosa!

    Paz e Bem,

    Aninha

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